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Safra 2023/2024: queda no preço da soja tira rentabilidade e eleva custo por saca em 20%

No 1º dia de plantio, Aprosoja/MS estimou produção de 13,8 milhões de toneladas para o próximo ciclo, volume 7,92% menor que o do ciclo anterior

Publicada em 16/09/2023 às 15:25h

por Redação


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Presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi  (Foto: Divulgação)

A queda no preço médio da saca de soja em Mato Grosso do Sul levou o produtor local a perder a economia que ele teria com a redução do custo de produção da oleaginosa, descontado o preço de revenda.

Na conjuntura atual, o custo da saca de soja por hectare passou de R$ 42,88 para R$ 51,42, aumento de 20% em relação à safra passada, conforme a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS).

Para entender o aumento do custo da saca por hectare, é preciso antes entender outras duas variáveis: o custo de produção por hectare, que apresentou redução de 10%, saindo de R$ saindo de R$ 6.860,08 no ciclo anterior para R$ 6.170,61 em 2023.

A queda no preço médio da saca, que despencou de R$ 180 para R$ 120, é que acabou elevando o custo médio da saca de soja por hectare, índice que está diretamente ligado à rentabilidade da lavoura. 

Os  números foram divulgados pelo presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, nesta sexta-feira (15), por ocasião da liberação do plantio da soja para o próximo ciclo, data que marca o fim da proibição chamada de vazio sanitário. 

A estimativa é que no próximo ciclo sejam cultivados 4,2 milhões de hectares de soja em Mato Grosso do Sul. A previsão é que a produção seja levemente menor no próximo ciclo: 13,8 milhões de toneladas (7,92% a menos que no ciclo anterior).

A Aprosoja também espera uma produtividade também inferior que a da safra anterior: 54 sacas por hectare: 13,52% a menos. 

Dobashi explica os motivos da previsão mais pessimista: “A Aprosoja não faz uma perspectiva em cima do que o produtor quer, ela faz baseada em média, uma média aritmética que tem como base a média de cada região. Tivemos uma frustração de safra bastante importante há duas safras atrás, predominantemente do La Niña e isso fez com que a nossa média de produtividade caísse abaixo dos 40 sacas", lembrou.

"Então quando a gente vai fazer uma perspectiva para uma próxima, safra a gente precisa considerar essa quebra de safra na perspectiva. Por isso que a gente vem com 13% a menos de produtividade em relação a essa safra que é uma média consolidada praticamente”, complementou.

Por isso, André Dobashi diz que as perspectivas para safra 2023 /2024, apesar de mais conservadoras, são boas. “Estamos com a perspectiva de ter algo em torno de 4,2 milhões de hectares de soja semeadas e com uso de tecnologia mas também com muita responsabilidade ambiental, social e de governança para que Mato Grosso do Sul continue sendo protagonista de uma das melhores histórias do agro brasileiras e porque não dizer mundiais”, afirmou. 

O representante da associação aproveitou para destacar o cenário climático, uma vez que o El Niño já está confirmado para o Estado e deve impactar a produção. “Em MS é interessante, pois a nossa produção é praticamente concentrada na porção sul do Estado e quando temos o fenômeno a característica é de aumento da porção de chuva nessa região e isso faz com que sejamos favorecidos”, afirmou.

Dobashi também afirmou que o o El Niño, que leva temor a produtores de todo o continente, historicamente é bom com Mato Grosso do Sul.  “Com o El Niño aumenta a temperatura e aumenta a precipitação e a gente consegue fazer com que isso não seja um efeito negativo com o auxílio da tecnologia. Quando a gente tem um El Niño característico, Mato Grosso do Sul bate recorde de produtividade que é o que o produtor sul-mato-grossense está esperando para a próxima safra”, disse. 

Insumos

Para este ano, os produtores apostam na utilização de insumos biológicos, aposta para baixar o custo de produção. No total, o valor ficou em R$ 6.212,16, equivalente a 51,77 sacas por hectare, menos de 1% acima do custo tradicional. Dobashi ressaltou que a utilização de biológicos tem ganhado espaço em Mato Grosso do Sul.

“Muitos produtores estão iniciando a incorporação em áreas menores, até que comprovem a eficácia. E para a Aprosoja/MS, como Associação de produtores, é fundamental que o uso de ferramentas sustentáveis seja incentivado. Por isso, resolvemos incluir o custo dos insumos biológicos a partir desta safra”. 

No mesmo evento, a Aprosoja/MS ainda lançou sua unidade móvel, para classificação de grãos com entrega de resultados imediatos, e coleta de amostra de sementes e fertilizantes para análise em laboratório certificado pelo Ministério, de forma gratuita aos associados.

Eduardo Miranda, Evelyn Thamaris/CorreioDoEstado 










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