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Queda no preço e alto custo da produção desesperam produtor de milho

A conta não fecha e pode ser que praticamente todo o País amargue com o prejuízo, algo que já reflete negativamente na safra de milho 2023/2024, afirma especialista

Publicada em 04/07/2023 às 23:33h

por Redação


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Lavoura de milho  (Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado)

Em coletiva de imprensa desta terça-feira (4), realizada na Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), pesquisadores e especialistas do setor pontuaram preocupação com a possibilidade de prejuízo ao fim da safra do milho de inverno. Isso preocupa os produtores em relação à safra do milho 2023/2024. 

Segundo Mauro Osaki, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, o cenário é de pessimismo. 

O principal motivo da preocupação é causado pelo alto custo de produção em comparação ao preço da saca vendida pelo produtor. 

As atualizações do valor da saca do milho, divulgado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), mostram que, em julho deste ano, o preço médio da saca está em R$ 40,00 no Estado. 

Nesse mesmo mês do ano passado, o preço da saca era R$ 70,00, ou seja, houve uma queda de 42% no valor da saca do milho, algo que gera preocupação no campo. 

“Estamos vivendo um momento de desespero, imagina que você está em um avião caindo e com as máscaras de oxigênio caindo, estamos nesse cenário aí” disse o pesquisador do CEPEA. 

Ele destacou que a conta não fecha e pode ser que praticamente todo o País amargue com o prejuízo, algo que já reflete negativamente na safra de milho 2023/2024.

Segundo a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja), a previsão do Siga MS é de que a produção de milho totalize 11,2 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 80,33 sacas por hectare, produzidas em uma área de 2,3 milhões de hectares.

Além dos desafios do mercado, a chegada da frente fria colocou os produtores de milho em alerta, em Mato Grosso do Sul. 

“Ainda é cedo para falarmos em danos, porque a nossa equipe técnica está apurando as ocorrências do fenômeno nas lavouras de milho. Contudo, até o momento, é sabido que foram ocorrências pontuais e de baixa intensidade”, explicou Dobashi. 

Ainda conforme informações da Aprosoja, nesta segunda safra, 54% das lavouras foram semeadas fora da janela ideal de cultivo, que compreende o período de 21/12/2022 a 31/03/2023. 

Essa situação corrobora para o aumento de suscetibilidade das áreas às intempéries climáticas, como geadas e granizo, além das baixas temperaturas. 

Projeção safra de grãos 2023/2024

Em contexto geral, o planejamento da safra 2023/24 começou com grande desafio nesses primeiros 5 meses do ano de 2023. 

A sensação de muitos produtores de grãos é que os preços médios da soja e do milho recuaram mais que os principais insumos que estruturam o custo de produção.

“Temos o sinal amarelo na produtividade de nivelamento da soja para saldar o custo operacional efetivo e total para a safra 23/24 e um prejuízo na produção de milho segunda safra para a temporada de 22/23; e uma projeção de rentabilidade para o cereal bastante preocupante para a safra 23/24”, projeta Mauro Ozaki.

Valesca Consolaro/CorreioDoEstado










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