Começa nesta segunda-feira (1º) a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2023. Contudo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e outros quatro estados não vacinarão mais seus animais nesta etapa, conforme a Portaria nº 574, publicada em 3 de abril.
A ação faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA (Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa).
As sete unidades Federativas, que não precisarão mais vacinar seu rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa, somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% do rebanho total do País.
Vacinação obrigatória
A primeira etapa de vacinação ocorrerá em Alagoas, parte do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo, conforme o calendário nacional de vacinação.
A campanha segue até o dia 31 de maio e cerca de 73 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades deverão ser vacinados.
As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 mL na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.
Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser realizada nos prazos estipulados pelo serviço veterinário estadual.
Em caso de dúvidas, a orientação é para que procurem o órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado.
Suspensão da vacina
O Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins pertencem ao Bloco IV do Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa e não participam desta etapa.
A retirada da vacinação suspende alguns custos, gerando um benefício imediato aos produtores e uma oportunidade para que parte dos recursos seja redirecionado para ajudar no custeio e investimentos necessários à manutenção do status sanitário alcançado.
Neste momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre esses estados e as demais UFs que ainda praticam a vacinação contra a febre aftosa no país.
Isso porque, o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação não será apresentado à OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) neste ano de 2023, dando tempo para que outros Estados do Bloco IV executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação e o pleito seja apresentado posteriormente, de forma conjunta.
Redação PP
