A produção de grãos em Mato Grosso do Sul poderá chegar a 25,9 milhões de toneladas, um resultado 17,8% maior que o registrado na safra 2021-2022. A área plantada no Estado cresceu 5%, saltando de 5,9 milhões de hectares cultivados com grãos, para 6,2 milhões de hectares. A produtividade das lavouras também aumentou, passando de 3,7 mil quilos por hectares para 4,1 mil kg/ha, um crescimento de 12,2%.
Os números constam no 6º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23, divulgado nesta quinta-feira (9) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A produção de soja em Mato Grosso do Sul deve crescer 54,1%, estima a Conab. Na safra passada o Estado produziu 8,9 milhões de toneladas da oleaginosa. O fraco desempenho deu-se às adversidades climática registradas em importantes fases de produção do grão. Nesta safra 2022-2023, o resultado é projetado em 13,7 milhões de toneladas. A produtividade saltou de 2,5 mil quilos por hectare para 3,6 mil kg/ha. Praticamente 1/3 da produção de grãos do Estado é respondido pela soja.
Além de soja e milho o levantamento da Conab inclui outros grãos como sorgo, tricicale, aveia, canoa, centeio, cevada e trigo.
Safra brasileira
A produção brasileira de grãos na safra 2022/23 pode chegar a 309,9 milhões de toneladas. Quase metade desse volume total é resultado das lavouras de soja, o que representa uma colheita em torno de 151,4 milhões de toneladas, como mostra levantamento da Conab. Se confirmado, o volume de soja a ser colhido nesta temporada é 20,6% superior ao registrado no ciclo anterior, o que aponta uma recuperação na produtividade das lavouras que foram atingidas pelas condições climáticas adversas no período de 2021/22.
A colheita avança em todas as regiões produtoras do País, com percentuais abaixo quando comparados com a safra 2021/22. Esse ritmo mais lento é explicado por motivos distintos, como o excesso de chuvas, que dificulta o tráfego de máquinas nas lavouras. Além das precipitações durante a colheita, é preciso lembrar que em algumas áreas o plantio da soja foi realizado de forma tardia, como em determinados locais produtores de Goiás e do Matopiba, enquanto que em outras regiões houve a ocorrência de temperatura mais baixa o que trouxe impacto no desenvolvimento do grão, alongando o ciclo da cultura.
Atraso na colheita da soja emperra plantio do milho
Esse atraso traz impactos na semeadura do milho 2ª safra, que já tem semeada 63,6% da área prevista para a cultura em todo o país. No mesmo período do ano passado, este índice chegava próximo de 75%. Ainda assim, a Companhia projeta um crescimento na produção de 11,3% podendo chegar a 95,6 milhões de toneladas.
* Com informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)
José Roberto dos Santos/CampoGrandeNews
